14.4.05

mais versos para o mundo em registo tu cá tu lá

sonho recorrente

toma este poema
- é o nome que tem esta linguagem.
neste tema usado
cujos poemas eu não li,
cometi apenas crimes ilusórios,
porque sei que existem.
os poemas, não os crimes.

encontro o quê? aqui de novo;
mas hoje chove imenso.
encontrei-te ali de novo;
agora já não me ouves.
nem bem, nem mal, porque não podes.
nunca faria magna diferença, jamais a quem? ofereci palavras.
seriam o meu maior presente,
mas depois podias querer mais.
estava encharcado,
ensopado, algures numa ponta de cigarro.

o que eu sou é uma linguagem.

eu, agora.
eu, então
2003