Aruko Hito
Galgando léguas de galgar,
Medindo distâncias com os pés.
Estafar a disposição,
Dar de comer à alma.
Pouca terra há já para mim.
Quero sentir o Sol de todas as inclinações.
Não me dá que pensar:
Um passo e mais outro passo.
Levo os olhos na mão
Que se fecha, abraça a outra.
Se mantiver o movimento
Não me importa a paisagem.
Como uma máquina nunca páro.
Não penso, não vejo.
Os meus pés fariam tudo isso,
Se pudessem.
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