8.11.08

Quando os ramos verdes, frutuosos, da juventude secam
O sangue gela e inutiliza o coração: um pedaço de carne rija e infecta
No interior do peito.

Quebra a angústia, largam-se as mãos,
Incha a barriga, cai a face,
Estamos no Outono, já não sabemos escrever.

Não há mitigação possível desta perda, apenas fingimento,
De que nos serve agora a fala e o pensamento?
Apenas a memória, dos nossos vinte anos, de existência real.

(14/04/08)