15.6.05

criatividade dialética, eu já (não) sei

estou
e não tens nada para fazer não fazes nada
parvinho estou sempre a fazer alguma coisa
há pouco ajoelhado à varanda a olhar para ontem
e a tentar recuperar
as famigeradas ideias geniais
bem boas não fosse tudo mas levar de mim e da humanidade
desculpas com estados narcolépticos para fugir da tua culpa
fuga para a frente meu caro
tinhas obrigação
de nada
com os meios que hoje há e tens à disposição
com essa disposição vais é descambar no que é importante
realmente isso não é importante
alturas em que aquilo é a plenitude aliquo
à luz do sucesso normalizado para o rendimento e
e duma razão inexistente para esta hierarquia de prioridades
e do emprego do tempo na utilidade produtiva e
e duma orientação para esta aleatoriedade bem vejo e apalpo
e da eficácia dos ganhos do e para o progresso e
e duma explicação que falta para esta minha tristeza
é o que represento
podia ser a razão
já estás com medo de não ter tudo
o problema é-me que me é não terei estado tanto
SURPRESANOVIDADENOTÍCIA
é sempre a adiar
adiar o quê
vou conquistar o mundo e é já
precisas do discernimento de outros
por esta vez falas
que possas concordar
e me sinta junto de na hipotética solidão que não equacionara
sempre foi assim
não