14.7.05

não tenhas medo 4, o derramamento

daqui a muitos anos, gerar-se-á a confusão em que a ordem deste post na sucessão será confundida, posta em causa pela opinião pública e finalmente incluída na ordem de trabalhos da assembleia geral das nações unidas, que pelas proporções alarmantes atingidas resolverá obliterar-me definitivamente. tranquilizante.
uns conhecerão este texto por '4' ao passo que outros por 'derramamento', estes julgá-lo-ão um outsider, aqueles ignorarão a atribuição dum subtítulo.
mesmo quem recorde o título integral di-lo-á a medo e nunca em presença de mais de três pessoas, tal como não convém proferir imprecisões perante mui estimadas personalidades de grã sapiência.
se jamais terá existido o algarismo quatro, árabe ou seria romano, acabado em detrimento de vidas a findar na dúvida dum salto sem explicação à sombra da bananeira
ou se apelidarão de quarto o post que em breve chegará ao
rendezvous finlandês-na-verdade-australiano nunca famoso, o quinto,
não saberei,

pergunto a al berto como é a respiração fresca. como?

pergunto a herberto helder se demora muito a serenidade. como? como?
pergunto a meu outro como partilhar a saudade de partilhar, como é viver pelos outros, como vai a eternidade ter a certeza de ficar estante desde que foi pensada, adormeço subitamente, prolongadamente.