E em Lisboa
Fogo-fátuo que chispas dos navios
Uma enxada enterrando-se suavemente na terra
A semente que germina dos pedúnculos
Um peixe com feridas de ardor das redes,
E com os lábios a sangrar,
E a espinha partida
E um gato cujo calor das entranhas descarnadas se confunde com o do alcatrão de Verão.
E em Lisboa, um político a ver os trocos que tem no bolso
E sete cães a comer dele.
Deitam-lhe bagaço nas feridas
E pegam-lhe a Tosse.
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