O Boxeur
Dedos gelados
Ombro torcido
E um rim dorido.
Fico atapetado em ligaduras.
Não me desiludas.
Nós ainda gostamos muito de ti
E escrevemos o teu nome em maiúsculas
E apertamos-te a mão.
Vou viajar.
Não vos quero ver mais.
Quando voltar terei roupas diferentes
E o cabelo, não me irão reconhecer.
Tenho os dedos gelados,
Torci um ombro, dói-me os rins.
Caíram-me dois dentes ontem.
Os meus olhos só vêem as Verdades.
E os meus ouvidos estão surdos.
Deram-me uma injecção de Consciência.
É só o tempo de me benzer e parto.
Não nos desiludas.
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