28.3.05

Carta do amante perdido

Em jeito lamechas e muito desengonçado declaro todo o meu amor por ti, criado no momento em que te vi, 10 palmos à minha frente protegida pelo vento frio.

Desde lá sofri dia após dia sem cessar, sem piar, sem declarar.

Oh piedoso Senhor dos Céus, dai-me forças para aceitar tamanha rejeição.

Desculpa meu amor se te empurro para algo que não gostas mas é para teu bem. Tenho uma faça na mão e tu uma mordaça. Ela empurra-me para ti. Mas é para teu bem, meu amor. Irás ouvir a minha voz noutro sítio, calvo e puro como tu.

Sou O-Todo-Poderoso que te guiará. Segue o meu ritual e o teu sangue será o meu sangue e a minha calma.

Tu não me ouviste e foste nas palavras dele. Tens um preço a pagar, tu sabes.

Até já minha querida.

Aí jaz para sempre teu molde junto ao meu na eternidade até ao céu. Espera só mais um bocadinho.

Adeus mundo cruel!

1 Comments:

At 3:13 da manhã, Blogger impulsitem said...

é como tudo

 

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