11.11.07

As minhas mãos são fortes e belas.
São um espelho da minha mente.
As cicatrizes já amarelas.
A direita escreve, dormente.

E se cobrindo estes ossos velhos
A minha carne é ainda forte
É porque por ela escorrem rios, vermelhos,
Por mais que se corte.

Nas palmas, gotículas de suor
Percorrem os veios musculares
E encontram as do meu Amor,

E os dedos como ondas nos mares
Entrelaçam-se, e estão em flor.
As nossas mãos são pares.