18.12.08

O Rei da Filarmónica, o que
Mastigava as crianças com as pálpebras
Chorava ao pé da porta
Porque lhe tinham roubado
O Chapéu.

Passeava pelas ruas com um saco
Cheio de cabeças de gato sujas
Os olhos grandes inflamados
Dos gatos a brilhar nos seus,
E no crucifixo peitoral.

Come as flores do caminho
Os lábios cheios de pólen,
E fio de cobre.
E assobia as mais belas melodias
Do concelho de Anadia.