19.2.09

A Necessidade de Troar pela Terra

O Solilóquio soturno que concretiza a minha assunção
De Pessoa Má.
O Desejo infinito de soerguer à trivialidade
A mundanidade que me enoja
Mas é a Base do Ser.

Se falho concretizar-me como Pessoa
Que mais me resta ser?
Esta carapaça orgânica em que me apodreço
Alguém que me leve aos Céus
Banhar-me nos seus Mares de Espuma

Consumir-me nesse Fogo Perfumado
Cordilheiras tortuantes, a sensação de
tontura e enjôo da exilaração suprema
Vomitar de alegria no meu Ser,
Falta-me ainda tudo isto.

A inexorabilidade de não ter mais tempo do que o tempo que eu tenho
Uma Doença Verdadeira para a qual Renegaria Clemência
Se ma dessem. A Extinção como único consolo
A idade como sublimação dos dias que quero apossar
A Necessidade de Troar pela Terra