17.3.08

Aruko Hito

Galgando léguas de galgar,
Medindo distâncias com os pés.
Estafar a disposição,
Dar de comer à alma.

Pouca terra há já para mim.
Quero sentir o Sol de todas as inclinações.
Não me dá que pensar:
Um passo e mais outro passo.

Levo os olhos na mão
Que se fecha, abraça a outra.
Se mantiver o movimento
Não me importa a paisagem.

Como uma máquina nunca páro.
Não penso, não vejo.
Os meus pés fariam tudo isso,
Se pudessem.

um dia cumózoutros (foi mais ou menos assim)

Querido diário, hoje detestei a máquina. E o relevo. A supremacia do controlo do homem saíu vencedora. Mas fez-me querer rejeitar o ciclo de Otto e preferir o gasto das solas. É assim que deve ser.