30.3.05

Equilíbrio

E lá estava eu a olhar. Parava, voltava a rodar e em cada um dos cerca de 7 segundos que demorava a dar volta completa mirava o mesmo fenómeno.
A cada passo aproximava-me do dito em mil e um flashes de pensamento. Sonhos e ambições cruzavam-se com anseios e dúvidas, em equilíbrio dinâmico. O simples perfume estava lá e eu também.
Depois do confronto segui o meu caminho. Houve tendência imediata para o descontrolo mas no meu mecanismo psíquico de auto-controlo voltei ao equilíbrio estável na minha visão naturalmente optimista.
Ao entrar em casa assento pensamento e dou-lhe um toque cada vez mais genuíno. Qualquer réstia de realismo ou pessimismo desaparece (torna-se recalcamento para revisitar mais tarde).
Revisito depois. Nesses momentos escrevo textos deste tipo e em reflexo instintivo sou convidado a sair de casa. Recupero na íntegra (ou quase) a visão periférica e a solução para todos os problemas.
No dia seguinte lá estou eu no mesmo sítio de todos os dias, de todas as horas e em ritmo estonteante a roda recomeça a andar, até ao próximo stop em que novos dados entram para mais um percurso de pura diversão.
A luz acende e eu estou bastante consciente desse momento. No entanto ela vai-se apagando por entre aparições trémulas.


E lá estava eu a olhar. Parava, voltava a rodar e em cada um dos cerca de 7 segundos que demorava a dar volta completa mirava o mesmo fenómeno…

Até quando...?

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29.3.05

C7

1 - Começa
2 - Continua
3 - Caminha
4 - Combate
5 - Cimenta
6 - Comenta
7 - Conclui

28.3.05

Carta do amante perdido

Em jeito lamechas e muito desengonçado declaro todo o meu amor por ti, criado no momento em que te vi, 10 palmos à minha frente protegida pelo vento frio.

Desde lá sofri dia após dia sem cessar, sem piar, sem declarar.

Oh piedoso Senhor dos Céus, dai-me forças para aceitar tamanha rejeição.

Desculpa meu amor se te empurro para algo que não gostas mas é para teu bem. Tenho uma faça na mão e tu uma mordaça. Ela empurra-me para ti. Mas é para teu bem, meu amor. Irás ouvir a minha voz noutro sítio, calvo e puro como tu.

Sou O-Todo-Poderoso que te guiará. Segue o meu ritual e o teu sangue será o meu sangue e a minha calma.

Tu não me ouviste e foste nas palavras dele. Tens um preço a pagar, tu sabes.

Até já minha querida.

Aí jaz para sempre teu molde junto ao meu na eternidade até ao céu. Espera só mais um bocadinho.

Adeus mundo cruel!

17.3.05

Paixão

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14.3.05

transição

melhor do que ver opiniões mudadas
do que discordar de verbos empregues.
nada.

a fortaleza inexpugnável

que é a nossa e era a minha confiança
- a fé na fidelidade com honrada lealdade cuida a promessa, o compromisso suporta habilidosamente a crença, o agir com segurança íntima, a esperança firme.
não dá para acalentar a franqueza
raios partam a perfídia intenção dolosa da improbidade e indiscrição,
e que é condição sem a qual eventualmente não conseguisse desejar ser para sempre jovem

melhor do que considerar que as opiniões não podem estar erradas por mais indignação que nos causem
simplesmente porque não podemos triunfar sobre aquilo repugnante.
com excepção daquilo com que eu discordo, claro está.

enganei-me

na data do pedido.
e de tal maneira não tem isto ainda significado inerente ao que se segue, que poderá vir a ter.

6.3.05

Estranho...

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3.3.05

Nova condição



Um mundo sem reis
Um mundo sem regras
Um mundo sem guilhotinas
Um mundo sem leis
Um mundo sem cordas
Um mundo sem minas
Um mundo sem determinismo
Um mundo com condição
Um mundo sem censura
Um mundo com leitura
Um mundo sem social
Um mundo sem eufemismo
Um mundo sem mal
Um mundo só teu
Um mundo livre.

1.3.05

LUXO


(Bater umas bolas a 211 metros de altura, no Dubai)

eu,

já venho
toda a gente merece