Está um fim de tarde apocalíptico.
O laranja nuclear assoma-se na paisagem
As gotas de sangue que espirram do ar
Os lagos de fogo que nascem no cume das montanhas
Os grifos de ferro que esventram Prometeu e os seus filhos.
Faz frio e não chove. Daqui a pouco será noite.
Está um fim de tarde apocalíptico.
Brigadas Vermelhas e Revolucionárias
As Brigadas são um colectivo, uma força política, artística, cultural, revolucionária que visa a constituição de uma nova sociedade. Será neste Blog que as Brigadas Vermelhas e Revolucionárias se expressarão e se abrirão à mediatizada sociedade. Nesta página, para além de ensaios e comunicados serão colocados apontamentos sobre as deslocações das Brigadas e relatórios sobre as reuniões do colectivo. brigadasvr@hotmail.com
18.11.08
8.11.08
Quando as lágrimas não secam
Por mais que as calemos,
Sou todo ferrugem
Porque me chove por dentro.
Valerá a pena retirar a cabeça
Se por todo o corpo eu sinto
Que a chuva não pára,
Enquanto não parar?
(14/04/08)
Quando os ramos verdes, frutuosos, da juventude secam
O sangue gela e inutiliza o coração: um pedaço de carne rija e infecta
No interior do peito.
Quebra a angústia, largam-se as mãos,
Incha a barriga, cai a face,
Estamos no Outono, já não sabemos escrever.
Não há mitigação possível desta perda, apenas fingimento,
De que nos serve agora a fala e o pensamento?
Apenas a memória, dos nossos vinte anos, de existência real.
(14/04/08)