Não tenho cabelo para te aturar,
Porque não vais brincar nas poças?
Só nos estás a complicar,
Nunca foste uma das nossas.
Já que não és mal-parecida
E te não falta dinheiro
Porque não fazes de desaparecida
E vais morrer para o estrangeiro?
Chega-te para lá, pá!
Não olhes só para o teu umbigo...
É que nós aqui por cá
Já não podemos contigo.
Queres levar uma rabecada
Ou preferes um lambadão?
Não vás com essa atravessada
Quanto te deitarem no caixão.
Brigadas Vermelhas e Revolucionárias
As Brigadas são um colectivo, uma força política, artística, cultural, revolucionária que visa a constituição de uma nova sociedade. Será neste Blog que as Brigadas Vermelhas e Revolucionárias se expressarão e se abrirão à mediatizada sociedade. Nesta página, para além de ensaios e comunicados serão colocados apontamentos sobre as deslocações das Brigadas e relatórios sobre as reuniões do colectivo. brigadasvr@hotmail.com
19.11.11
6.1.10
18.5.09
Guardar momentos que apenas podem ser preservados por escrito - Tese 2
Apenas a descrição interpretativa/expressiva pode capturar a experiência pessoal do artista/ser contextual.
Os métodos foto/cinematográficos são demasiado subjectivos e sujeitos a interpretação do receptor.
Não é isto que almejo quando pretendo dar a minha ideia do que me rodeia, da minha forma única e individual de apreender a minha realidade.
Ainda que a captação desses sentimentos seja feita com memória visual, falta o infinito contexto da minha existência passada para dar relevo à situação que desejo ilustrar.
15.5.09
Tese - 1
Há uma corrente à volta do meu pescoço
Uma linha de farpas dialécticas que me sufocam
O toque impessoal das palavras metálicas
Afiadas contra a leveza da minha carne.
Interajo permanentemente entre os Dois Planos
Transponho a Dor que sofro e inflijo
Tudo resultado da minha Solidão Pessoal em Ser
toda a interacção inter-pessoal é desajeitada,
Apalpo o Escuro com Toda a Força.
Defini o meu objectivo. Vou-me Entender e aos outros.
Esta Grande e Longínqua Procura pelo
Reverso do Espelho. Tudo o mais é inócua distracção, inconsequente,
Os artefactos ruidosos da acção de viver,
As derivações da vida, Ninguém as valoriza.
São a gota de Óleo a mais na Sopa.
Era isto Tudo o que queria escrever.
9.3.09
o melhor poema de sempre
Tentei falar-lhe da Morte.
Qual é a melhor morte?
Se na Guerra, se no Mar,...
Engolidos pela Terra que pisámos toda a vida?
Eu quero: rolando por uma encosta abaixo,
Depois de nos fulminarem com chumbo quente
Por termos roubado um banco
E fugido a cavalo.
A sublimação ulterior do meu corpo
Cinge-se à membrotomia - remoção dos meus apêndices.
O meu coto não entra na tua Glória
Fica cabisbaixo à porta
Como um palhaço coxo
Aquele que não tem Graça, não tem Pena,
Não tem Presença.
Afogar a Vida em Gasolina
Ligar a ignição de todas as Máquinas de Guerra
O Coração não digere tão bem
Como o tracto gastrointestinal
São precisos meses e meses
E meses e meses.
Um episódio: O Sagrado Alguém acendia e acendia fósforos repetidamente.
O Amigo Dele ria embriagado, o Rei dos Camarões
Sublimava o seu ventre.
Agrediu violentamente o Terceiro:
“Daqui 6 anos vais-me partir o coração, por isso vou-me precaver já”
Trocar corações por testículos não é um negócio limpo
E eu vejo tudo isto
Da Minha Cadeirinha.
Levanto-me e Caminho.
As ruas familiares de uma visita prévia
O calor familiar de algo que já me corroeu o Sangue
A Fúria de Viver Acompanhado
O Cheiro
O Beijo
O Toque
A divagação do caminho, pretexto para a reunião corporal
A Verdadeira Felicidade.
Os carinhos infinitos
As palavras que escorrem para dentro de nós -
Palavra, substância em estado semi-sólido,
Libertação de todas as agonias
Alvo das maiores fomes, instigadora da dor
Fonte de conforto.
Vivemos
Assim
Para Sempre.
5.3.09
Mais Mediocridade
O frio fracturante oculta o calor da minha visão
Trinta mil beduínos a pregar numa aldeia de Trás-os-montes
As mãos sedentas de moedinhas
Os ouvidos cheios de ultra-sebo
A carne aleijada das mulheres que os recebiam
As cabecinhas a arder
Do fervor da Fé
O estômago puro, vazio e disforme.
O ruído penetrante da minha visão
1.3.09
Poema do Homem Só
"Sós,
irremediavelmente sós,
como um astro perdido que arrefece.
Todos passam por nóse ninguém nos conhece.
Os que passam e os que ficam.
Todos se desconhecem.
Os astros nada explicam:
Arrefecem
Nesta envolvente solidão compacta,
quer se grite ou não se grite,
nenhum dar-se de outro se refracta,
nenhum ser nós se transmite.
Quem sente o meu sentimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem sofre o meu sofrimento
sou eu só, e mais ninguém.
Quem estremece este meu estremecimento
sou eu só, e mais ninguém.
Dão-se os lábios, dão-se os braços
dão-se os olhos, dão-se os dedos,
bocetas de mil segredos
dão-se em pasmados compassos;
dão-se as noites, e dão-se os dias,
dão-se aflitivas esmolas,
abrem-se e dão-se as corolas
breves das carnes macias;
dão-se os nervos, dá-se a vida,
dá-se o sangue gota a gota,
como uma braçada rota
dá-se tudo e nada fica.
Mas este íntimo secreto
que no silêncio concreto,
este oferecer-se de dentro
num esgotamento completo, este ser-se sem disfarce,
virgem de mal e de bem,
este dar-se, este entregar-se,
descobrir-se, e desflorar-se,
é nosso de mais ninguém."
António Gedeão, in Teatro do Mundo
26.2.09
Soneto
O néon brilha no mármore
Reluz como penas de anjo
Ainda a arder na carne
Dos meus olhos.
A tua visão é tão intensa
Como o teu toque
As lágrimas que me provocas
São como me queimasses se te tocasse, com as mãos.
A tua essência de alta densidade
Arrasta contigo o Tempo, sinto a Vida parar
Por ti.
Se aguardo impaciente por me insuflar apenas do teu fôlego
É porque renego tudo mais
Só tu.
26/02/09
Recupero lentamente de um momento de abstracção
Não dou comigo inteiro, perdi a mão
Um naco de carne inútil, no chão
Já não pega, agarra, prende, esta mão.
Ainda que decepada me dói ainda
Todo o potencial digital desperdiçado
Tenho menos apêndices para ordenar
Mas a minha vontade é ainda maior.
As nossas mãos estão bem longe de nós
São as primeiras a tocar
São as últimas a largar
Mas eu perdi a mão, já não sou gente como os outros.
O que posso eu fazer com uma mão só
Quem me dera ter uma sobresselente
Já só me resta mais uma mão,
Que ainda por cima não está por aí além estimada.
25.2.09
19.2.09
A Necessidade de Troar pela Terra
O Solilóquio soturno que concretiza a minha assunção
De Pessoa Má.
O Desejo infinito de soerguer à trivialidade
A mundanidade que me enoja
Mas é a Base do Ser.
Se falho concretizar-me como Pessoa
Que mais me resta ser?
Esta carapaça orgânica em que me apodreço
Alguém que me leve aos Céus
Banhar-me nos seus Mares de Espuma
Consumir-me nesse Fogo Perfumado
Cordilheiras tortuantes, a sensação de
tontura e enjôo da exilaração suprema
Vomitar de alegria no meu Ser,
Falta-me ainda tudo isto.
A inexorabilidade de não ter mais tempo do que o tempo que eu tenho
Uma Doença Verdadeira para a qual Renegaria Clemência
Se ma dessem. A Extinção como único consolo
A idade como sublimação dos dias que quero apossar
A Necessidade de Troar pela Terra
19/02/09
Aquele desejo de tudo exprimir por palavras novas
De reinventar a língua a cada fôlego
A perseguição daquela frase perfeita
Que inspira toda a gente.
O que pode alguém escrever
Se não o sabe bem dizer
Devo ter caído de cabeça
Num ano longínquo e incerto.
Se me pudesse realizar
Como ser imaginário
Seria feliz e perfeito,
Porque o não sou realmente.
Não há vigor mais supremo
Que a poesia, a dança, a pintura
Nenhuma maneira de expressão mais bela,
Transformar o Interior no Exterior.
26.1.09
A camisola de malha preferida DO HITLER
Com uma gentil rena estampada na frente
Como nos custa por vezes falar
Quando não nos conseguimos ouvir.
Lágrimas de sangue que não se enxutam
Porque vertem para dentro de mim.
Se eu tivesse um lenço de fogo
Que me pudesse passar por dentro.
As cristalizações dos nossos olhos
Traem a disposição interna
De quem já não pode mais
Porque há Coisas que lhe faltam.
Desejo romper-me pelo diafragma,
Estravazar-me para todos verem.
Muito mais faria eu,
Se pudesse.
26.12.08
Serpatético
Amo toda a gente
porque ninguém gosta de mim;
Se alguém gostasse de mim,
eu não amava ninguém.
A Paixão Angustiante
De Viver e Morrer,
Para Morrer e Viver.
As pessoas com quem vivemos,
As pessoas com quem morremos.
Dor em Ser.
22.12.08
O sono mais profundo e complexo
Tem-no aquela mulher.
Eu Vi-o nos seus olhos, no fundo dos olhos
Habilmente escavados por todos.
Se a boca se abre e inspira -
Nos Inspira - a força do sono
Ver com o coração a força do sono
E desafiá-La.
Rodopiar pelo sono mais profundo e complexo
Como um bailado feio
Escapamos aos tiros da consciencia
Com Habilidade.
Não temos a força divina para fugir
Para sempre a evasão
Não te batas com teus maiores
Esmaga as suas cabeças com paus posteriores.
Com uma lâmina romba assumimos um fogo
A fogueira cerebral onde queimamos as mãos
Aquecemos peixe frio
Mantemo-nos alerta.
A evasão perpétua ao sono.
As melhores sapatilhas desportivas não são suficiente
Mas também são caras demais
Até com a crise, e tal.
Um Deus que saiba o que faz
Lava os dentes com pasta medicinal Couto.
É a melhor Pasta.
À venda na Botica da Trindade
Por 3$62.
Manquejo ruidosamente
com uns joelhos, novos, Old Stone, fatigados pela chuva vermelha da explosão do meu
cão.
Éramos novos demais para nos casarmos
Então pegámos na pistola com força, eramos nós ou o padre.
Certas coisas que se tem de compreender, com força.
Rasgos de dor nas concertinas da rua
Os sapatos a ecoarem nas pedras
Meio mundo à nossa perna, rapidamente e lentamente, por causa dos fôlegos.
Se paramos então para dançar
Não nos deixam acabar com os pares, porque queríamos ser um só
Porque nos dói ser pares.
A explosão do meu cão, não ampara esta dor.
Porque afinal,
Era o Meu Cão.
18.12.08
O Rei da Filarmónica, o que
Mastigava as crianças com as pálpebras
Chorava ao pé da porta
Porque lhe tinham roubado
O Chapéu.
Passeava pelas ruas com um saco
Cheio de cabeças de gato sujas
Os olhos grandes inflamados
Dos gatos a brilhar nos seus,
E no crucifixo peitoral.
Come as flores do caminho
Os lábios cheios de pólen,
E fio de cobre.
E assobia as mais belas melodias
Do concelho de Anadia.
18.11.08
Está um fim de tarde apocalíptico.
O laranja nuclear assoma-se na paisagem
As gotas de sangue que espirram do ar
Os lagos de fogo que nascem no cume das montanhas
Os grifos de ferro que esventram Prometeu e os seus filhos.
Faz frio e não chove. Daqui a pouco será noite.
Está um fim de tarde apocalíptico.
8.11.08
Quando as lágrimas não secam
Por mais que as calemos,
Sou todo ferrugem
Porque me chove por dentro.
Valerá a pena retirar a cabeça
Se por todo o corpo eu sinto
Que a chuva não pára,
Enquanto não parar?
(14/04/08)
Quando os ramos verdes, frutuosos, da juventude secam
O sangue gela e inutiliza o coração: um pedaço de carne rija e infecta
No interior do peito.
Quebra a angústia, largam-se as mãos,
Incha a barriga, cai a face,
Estamos no Outono, já não sabemos escrever.
Não há mitigação possível desta perda, apenas fingimento,
De que nos serve agora a fala e o pensamento?
Apenas a memória, dos nossos vinte anos, de existência real.
(14/04/08)
20.10.08
15.10.08
Três crianças, que inalavam as frestas das paredes;
O narizito espalmado nas portas.
O alívio orgásmico do sumo de maçã,
Blake e Turner fungando toda a noite como duas crias de lião.
Estes, os filhos soberanos do Mega-Sintetizador,
Fiscais do controlo do ânimo,
Reis da Selva.
7.10.08
Àqueles que me pegam pelos olhos e me berram:
"Vê isto, com os teus olhos!"
Espero que passem bem,
Quando os meus olhos os virem e numa fúria de
Chuva Humoral os Analise Da Forma Correcta:
De uma ponta à outra e mais importante ainda,
De dentro para fora, como uma Secreção
Que se necessita expelida, antes que me envenene
Todas as minhas entranhas, por ordem
Alfanumérica e Omegopsiquica.
Tudo para que ao fim de Tudo,
Não me digam "É Isto? É Isto?"
Com os seus olhos de gente de fraca Fé
E sinistralidade, não me dão a alegria
De os enterrar no leito dos meus rios.
23.9.08
E assim, como uma folha no Outono
O nosso amor foi lentamente murchando, caindo...
E é hoje espezinhado pelos pés das crianças,
Nos seus sapatos.
8.7.08
3.7.08
28.6.08
9.6.08
só se tiver que ser
acho que não vou voltar a falar sobre futebol
é cíclico
parece mesmo imitação da vida
pelo que a ver futebol se 'acorda para a vida'
não quero conversar nem dizer o que penso sobre acontecimentos futebolísticos não quero comentar as últimas noticias não quero saber qual é a formação que determinada equipa tem vindo a apresentar e não quero saber em que posição aquele jogador tem actuado não quero que me digam o que foi que o treinador disse e o presidente do clube respondeu ou devanear sobre o que podia ter sido dada prestação
e aqui é que fica giro, miúdos: analogia da vida, quão arbitrária é.
futebol? não falo.
28.4.08
uma mosca sem valor
poisa com a mesma alegria
na careca de um doutor
como em qualquer porcaria
entrada...
uma adaga de luz cai no teu leito
um sentimento luminoso descontrola o teu peito
a intensa procura de um sentimento perfeito
faz-te esquecer que ainda não fizeste
o que já deste como feito
olha para o espelho...
para te sentires vivo?...
podes ver... o teu sangue é vermelho
despe-te de ti
pinta as máscaras... sorri
esquizofrenia
caminhou pelo corredor vermelho
contendo vários quadros aparentemente abstractos
onde via claros sentimentos dos seus vários retratos
no fim do corredor havia um espelho
adornado com o rosto de um homem velho
um espelho mediano que lhe extremava a mente
que o fazia correr vendo os quadros do corredor
tentando soltar-se de um ser maligno que tocava
que o chamava e depois expulsava
largando-o no meio da dor
e no fundo, no fim do corredor havia um espelho
UUUUUUUUUuuuuuuuuu
No silêncio da noite
Questionado como um açoite:
_O que dizes...Quem és tu?...
«Eu sou aquela estrada
Que nas trevas procuravas.
E como muitas palavras
Por vezes não dizem nada»...
23.4.08
20.4.08
17.3.08
Aruko Hito
Galgando léguas de galgar,
Medindo distâncias com os pés.
Estafar a disposição,
Dar de comer à alma.
Pouca terra há já para mim.
Quero sentir o Sol de todas as inclinações.
Não me dá que pensar:
Um passo e mais outro passo.
Levo os olhos na mão
Que se fecha, abraça a outra.
Se mantiver o movimento
Não me importa a paisagem.
Como uma máquina nunca páro.
Não penso, não vejo.
Os meus pés fariam tudo isso,
Se pudessem.
um dia cumózoutros (foi mais ou menos assim)
Querido diário, hoje detestei a máquina. E o relevo. A supremacia do controlo do homem saíu vencedora. Mas fez-me querer rejeitar o ciclo de Otto e preferir o gasto das solas. É assim que deve ser.
15.12.07
Espero o autocarro
Um autocarro, o primeiro que apareça.
Subo para dentro dele
Pico a senha, procuro lugar com os olhos.
Vou caminhando para o fundo
Um velho pergunta-me, "Quer ficar com o meu lugar?"
"Não, não, deixe-se estar"
Respondo, e ele torna-se furioso:
"Olhe que eu ainda tenho erecções!"
Gritava ele, enquanto roía os estofos do banco.
Na próxima paragem o condutor correu com ele.
E o velho ficou estendido no chão, a lamber os líquenes das rochas.
E quando cheguei a casa,
Cheguei a casa e descalcei-me.
Gosto de ir colher flores
Quando estou sozinho
O único problema
É que quando chego
Não sei onde as pôr.
Ficam sempre de molho no lavatório.
Se a vida de dá trabalho e pesa nos bolsos
Passo-te este conselho que o meu avô me fez:
"Enquanto tiveres cabeça
Não te enforques pelos pés."
5.12.07
Ó pássaro que voas
Quarenta metros acima de mim.
Vês que coisas boas,
Vês ao que eu vim?
Procuras tu comida
Quando as asas abres?
Espreitas a mulher despida
Que satisfaz os padres?
Pássaro, és belo
Não queres ser como eu?
Não preferes ter pêlo?
Dá-me o teu céu
Presente que estimarei com zelo
Uma prenda para um amigo teu.
São quase quatro
E chove.
De mansinho,
Rectas enviesadas
De água.
Estou cansado.
São quase quatro.
Já falta pouco.
O céu, invernoso cinzento,
Cobre a minha cabeça.
Os meus olhos cansados Amam-no,
Amam-no.
E uma ligeira brisa
Penetra dócil nas minhas narinas.
Amo isto tudo.
Nasci dum poço
Nasci num poço.
Soo a poço
Sou eu, o poço.
Não me esvaziem este poço
Quero morrer neste poço.
Ele
Encontrei-o um dia,
Voltava para casa.
De onde vens,
Para onde vais,
Voltámo-nos para casa.
Um abraço,
É ainda sincero, esse abraço?
Se te lembrares, avisa-Me.
Já que não falamos,
Mas nos vemos
Ele encontra-se e sucede-se
O seguinte ano.
É por estas alturas.
Eu a ti?
Eu já não acredito.
Para quê fingir, ainad o que é absurdo?
É absurdo, ouviste? Absurdo.
Um rasto de Graça pelo Ar.
Caspas
Conflito de gerações
"A dor é uma onda de elevada frequência".
"Má onda, puto".
Estou aqui, sim.
Sentado, sim.
À espera, sim.
De que aconteçam
As Coisas.
Mudem-me aí a vida,
E deixem-me lá no outro lado.
Esta vida não me sai
Que raio de Destino
Já o sabia o Eça com o
"É a cidade, menino!"
Que raio é o meu Ser
Estou mesmo Doente
Ai, ai, ai, ai, ai,
Estou mesmo doente.
Se Pecaste
Deus perdoa.
Escritor de Plástico
O escritor de Plástico
Não é degradável,
É desagradável.